segunda-feira, 2 de março de 2015

MASTURBAÇÃO E PERTURBAÇÃO ESPIRITUAL



O sexo é um assunto que mexe muito com a cabeça da galera, por isso, precisamos conversar sobre o tema de maneira honesta e franca.
            Muitos jovens sentem-se atormentados, quando desejam conciliar uma postura cristã e os desejos que sentem, que são absolutamente normais em sua vida.
            Ser cristão não significa fugir da vida juvenil e das reações naturais que o corpo apresenta.
            Ao longo dos séculos, o sexo vem sendo tratado como tabu por muitos, de maneira castradora e pecaminosa.
Em um momento em que as informações sobre o assunto estão ao alcance de todos, os vídeos eróticos podem ser vistos em celulares, tablets, computadores e canais de TV a cabo, é preciso falar sobre o sexo com o respeito que o assunto merece.
A galera precisa ser informada, que sentir desejos é parte comum na vida de todos, não é crime, nem motivo para culpas.
Quando estamos bem informados, temos a possibilidade de escolher a conduta com clareza e responsabilidade.
A falta do diálogo responsável sobre o assunto, principalmente nos meios religiosos, gera a ignorância, e pior que a ignorância é quando ela entra em movimento.
O primeiro contato com o prazer se dá na descoberta do corpo, no próprio banho, quando um toque desperta o prazer e sentimos o desejo de repetir a prática.
Tudo muito natural, conforme as leis naturais que regem a nossa vida aqui na Terra, daí para a masturbação é questão de tempo.
Nos dias de hoje, o sexo seguramente é responsável por um grande número de obsessões espirituais no meio juvenil, porquanto o acesso a sua prática ocorre cada vez mais cedo.
A mente do jovem, ainda em formação, recebe a cada dia uma carga de erotismo de todos os lados.
Através das novelas, dos ritmos musicais que exaltam a sensualidade e etc; com isso, para a grande maioria que não sabe lidar com os apelos do desejo, as viciações sexuais atormentadoras se manifestam cada vez mais cedo.
Tudo que é excessivo tende a levar alguns para a viciação.
Então ocorrem as ligações sexuais casuais, sem vínculos e compromissos afetivos nascidos do coração.
Nesses tempos de muito sexo e pouco amor, o tesão se relaciona deixando de fora o coração.
E nesse barateamento das sensações, a promiscuidade ganha campo e alguns querem experimentar de tudo com todos, independentemente da opção sexual.
Se liga!
Sexo não é crime, masturbação não é pecado, mas é preciso identificar a prática natural do vício que vai degenerando a mente.
Não é fácil perceber as coisas, mas se os pensamentos vivem apenas na órbita das ideias sexuais, o sinal de alerta deve ser ligado.
O sexo ou a masturbação fazem parte da vida, mas não são a vida.
Vamos dar uma curtida e refletir sobre uma frase muito legal que consta no Livro dos Espíritos de Allan Kardec.
Trata-se da questão 939, que fala das uniões antipáticas, daquelas em que as pessoas nem se curtem muito, mas que deixam a relação rolar, no assunto que tratamos, pelo tesão que sentem uma pela outra.
Na resposta dessa pergunta 939, tem uma frase que coloca a gente para pensar profundamente nessas questões de sexo e prazer.
Olha só o que os espíritos responderam a Allan Kardec:
É necessário não esquecer que o Espírito é quem ama, e não o corpo, e que, dissipada a ilusão material, o Espírito vê a realidade.”
Essa frase abala geral, quando esclarece que o tesão passa e o amor fica, mas só pelos laços do espírito, que é quem comanda a vida de fato.
É muita informação para a gente processar, mas vale a pena refletir sobre tudo isso.
Então a gente passa a entender que alguns casais que conhecemos começam o relacionamento vivendo no olho do furacão, ou seja, na fúria de um tsunami, e depois que o desejo vai diminuindo, eles vão se largando pelo caminho, até o final do relacionamento.
 A onda, que era gigante, vira uma marolinha até desaparecer.
Quando isso acontece, sempre sobra para alguém, pois um dos lados se afeiçoa de verdade e o outro ficou no pique enquanto o tanque do desejo estava cheio.
No momento em que o fogo abaixa e o olho no olho tem que entrar em cena, o companheirismo para valer deve chegar na relação, um dos lados pula fora e a dor chega para alguém.
E não podemos nos esquecer do lado espiritual, que também compromete as coisas, porque nossas companhias invisíveis têm o mesmo nível das relações que cultivamos, ou melhor, daqueles sentimentos que alimentamos no coração.
As práticas sexuais trazem responsabilidade e devemos nos ligar nisso.
O sexo deve servir ao propósito da vida, que é o amor.
O desejo sexual faz parte da vida de todo jovem, pois é uma força criadora, por isso, quanto mais informação, melhor.
Converse, se instrua, mande embora a ignorância sobre o assunto, quanto mais se puder aprender, melhor para o equilíbrio e bem estar do espírito, que deve sempre dirigir o corpo e não o contrário.
            Valeu!!!

            Adeilson Salles

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