segunda-feira, 16 de março de 2015

ADOLESCÊNCIA, VIDA SEXUAL E CONSEQUÊNCIAS ESPIRITUAIS



            Fui procurado por um adolescente que me fez a seguinte pergunta:
            — Com quantos anos posso iniciar minha vida sexual?
            Lembrei-me do livro Corações Juvenis, que publiquei em 2013, com o selo da FEP – Federação Espírita Pernambucana – e da FEB – Federação Espírita Brasileira.
            Nesse livro, vários jovens fizeram-me perguntas sobre muitos assuntos.
            No capítulo que leva o título – “Jovem, amor e sexualidade” – respondi a essa pergunta com indagação semelhante; transcrevo abaixo a pergunta e a resposta da referida obra.

A partir de que idade um adolescente pode iniciar atividades sexuais?
            Sabemos que na adolescência o corpo ainda se encontra em processo de formação, por isso, recomendamos que se evite iniciar a vida sexual nesse período. Não obstante essa orientação, não podemos fechar os olhos e imaginar que as práticas sexuais não estejam acontecendo cada vez mais cedo.
            A mídia, em suas variadas manifestações, incentiva a sensualidade exagerada. A falta de referências positivas saudáveis, e a ausência de uma educação sexual adequada promovida desde a infância, de maneira responsável, contribuem para o caos moral instaurado em nossa sociedade. Mas o mais importante, em toda e qualquer relação, é a presença do amor. O jovem não deve se desvalorizar fazendo o sexo pelo sexo. A Doutrina Espírita nos informa que estamos na Terra para evoluir, e a evolução não se dá sem amor. A visão dos homens está, muitas vezes, equivocada quanto à verdadeira razão da vida. Não podemos nos esquecer das consequências espirituais das nossas escolhas. Os animais fazem sexo para procriação, mas necessariamente não amam. Quando nos envolvemos com alguém, não podemos nos esquecer da nossa condição de espírito imortal. Toda e qualquer atitude terá consequências nos dois planos da vida. O respeito por si e pela(o) namorada(o), e o amor sincero, devem sempre nortear o jovem em suas escolhas.
 (...) ao invés da educação pela satisfação dos instintos, é imprescindível que os homens eduquem sua alma para a compreensão sagrada do sexo. (Emmanuel, O Consolador, questão 184).

            Utilizei dessa resposta dada no livro Corações Juvenis, para responder à indagação daquele garoto, que me ouviu com muita atenção.
            Disse a ele que nós atraímos para o nosso convívio espíritos que têm os mesmos sentimentos, com isso, a relação sexual pode também servir para intercâmbio perturbador entre os dois planos da vida.
            Não há como criar uma barreira invisível que impeça a participação de espíritos promíscuos em uma relação que é promíscua.
             A única defesa e proteção espiritual, para qualquer situação vivenciada pela galera jovem, é o cultivo de bons sentimentos e pensamentos nobres.
            Sem contar o risco de gravidez e a possibilidade de se contrair doenças sexualmente transmissíveis.
            É melhor esperar pela fase mais adulta para o início da vida sexual, mas se acontecer, o jovem deve estar pronto para as implicações que a sua escolha vai lhe trazer.
            Nós nos abraçamos, e ele partiu.
            
             Valeu!
                
             Adeilson Salles

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