Galera,
se devemos ter carinho e respeito por nossos amigos e amigas, imagine que
atitudes devemos ter com nossos pais?
Eles pegam no pé e dizem uma palavra
pequena que, normalmente, não gostamos de ouvir: “Não”.
Em O Evangelho Segundo o Espiritismo, tem uma mensagem que eu
considero muito massa, na qual se fala da “Piedade filial”, vamos refletir um
pouco sobre isso.
Mas, antes de seguir escrevendo, eu
quero te pedir para pensar em seus pais nesse instante, e gostaria também que
você pensasse neles feito aprendizes na escola da vida.
Imagine a responsabilidade dessa
galera!
Ser pai e mãe não é tão fácil assim,
é barra pesadíssima.
Quantas vezes eles querem dizer sim,
mas são obrigados a dizer não?
A paternidade é uma missão, que
dependendo dos filhos, torna-se árdua e complicada.
Os pais recebem de Deus pequenas
joias para cuidar e proteger, e além disso, eles se esforçam para que o brilho
dessas preciosidades aumente ainda mais pelo amor ofertado.
Não é menos verdade que alguns pais,
quando percebem a verdadeira joia que vive em seu lar, por vezes, têm
dificuldade em administrar a situação.
Exigimos tudo dos pais, cuidados,
investimentos, não me refiro aos investimentos financeiros, mas àqueles que se
referem a tempo, dedicação, noites e dias.
Os pais não tiram férias, não pedem
a Deus para dar um tempo em suas missões paternais.
Pais são como “guard rails” que nos
protegem, e evitam que nos arrebentemos nas curvas da vida quando entramos em
alta velocidade.
Mas, e quando os filhos são pais dos
pais?
Ainda assim, a gente deve segurar a
barra, pois o Espiritismo nos ensina que todos estamos vinculados uns aos
outros.
Os pais de hoje podem ter sido
nossos filhos ontem, e podemos ter falhado em algum momento em nossa missão na
condição de papais e mamães.
Pais são estrelas no céu das nossas
baladas, quando nos perdemos na noite das ilusões.
A piedade filial revela-se na
compreensão que devemos ter com a limitação desses seres especiais, que também
estão aprendendo.
Se liga! Nossos pais também são
freios para os nossos motores que vivem ligados e acelerados, sempre querendo
avançar o sinal antes da hora.
Separei um trecho de O Evangelho Segundo o Espiritismo, que
fala da “Piedade Filial” para nossa meditação:
O mandamento: ‘Honra a teu pai e a tua mãe’, é uma consequência da lei geral da caridade e do amor ao próximo, porque não se pode amar ao próximo sem amar aos pais; mas o imperativo honra implica um dever a mais para com eles: o da piedade filial. Deus quis demonstrar, assim, que ao amor é necessário juntar o respeito, a estima, a obediência e a condescendência, o que implica a obrigação de cumprir para com eles, de maneira mais rigorosa, tudo o que a caridade determina em relação ao próximo. Esse dever se estende naturalmente às pessoas que se encontram no lugar dos pais, e cujo mérito é tanto maior, quanto o devotamento é para elas menos obrigatório.
Pessoal, precisamos nos ligar nessa
verdade, não dá para sair pelo mundo afirmando que amamos esse ou aquele,
quando não temos paciência com aqueles que abriram as portas desse mundo para a
gente.
Não dá para falar de amor com voz
suave com os outros, quando gritamos com nossos pais.
A primeira palavra que me vem à
mente quando penso nesse tema é: gratidão!
E alguém pode dizer: — Não conheço
meu pai! – Ou ainda: – Ele me abandonou!
Se isso aconteceu com você, olhe para seu pai, ou mãe, com olhos de perdão e compaixão.
Se isso aconteceu com você, olhe para seu pai, ou mãe, com olhos de perdão e compaixão.
Livre-se desse fardo mal resolvido e
siga em frente.
Sabe por quê?
Por que o tempo e as leis naturais
se encarregarão de cobrar de cada um as obras construídas ao longo da vida.
Venho tratando de temas atuais com
relação ao sexo e à sexualidade, e, aproveitando esse texto em que comentamos
sobre a paternidade, vale a pena pensar:
Alguns pais têm imensa dificuldade
em lidar com a orientação sexual de seus filhos, ainda assim, acredito que os
filhos devam ter compreensão com seus pais.
Não adianta querer empurrar goela
abaixo das pessoas as nossas “supostas verdades”, o bom mesmo, quando nossas
escolhas sofrem resistência, é esperar que o tempo cumpra seu papel.
Quem é mais paciente larga em
vantagem.
Respeito aos pais, honrando-os e
amparando-os, sempre!
Valeu!
Adeilson
Salles
adeilsonescritor@gmail.com
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