O assunto é muito interessante e atual, e muitos jovens sofrem
verdadeiro bombardeio psicológico por causa dessas práticas.
Toda
e qualquer opinião que se possa emitir sobre assuntos polêmicos como esse deve
ser pautada na imparcialidade.
Galera,
se liga!
Muita
gente quando fala a respeito de tatuagens e piercings termina por expressar uma
opinião pessoal e preconceituosa.
Há
muitos anos vinculava-se tatuagem e outros tipos de adereço a marginais e
pessoas de má vida. Do mesmo jeito que muitos ainda acreditam que aqueles que
mantêm relações homoafetivas são pessoas promíscuas e aberrações da natureza.
Comportamentos
promíscuos independem de sexo, ou do uso de tatuagens ou piercings.
Esses
preconceitos estão muito vinculados a questões culturais de muitos e muitos
anos, e também à ignorância a respeito do assunto.
Sabemos
que o que atrai os espíritos são os nossos pensamentos, isso é algo
indiscutível.
Piercings
e tatuagens não definem o caráter de ninguém, muito menos as companhias
espirituais.
Existem
pessoas tatuadas que têm pensamentos terríveis, com isso atraem espíritos
desajustados para seu convívio mental.
Da
mesma forma, muitos que não usam tatuagens e piercings estão sujeitos às
influências espirituais de acordo com o que pensam.
Toda
atração é regida pela lei natural de sintonia.
Ocorre
muitas vezes, que o bom-senso é colocado de lado e o exagero termina por
comandar essa ou aquela prática de vida.
O
bom-senso é algo que depende da condição evolutiva de cada espírito.
Galera!
Devemos amadurecer e entender que todos nós somos responsáveis por nossas
escolhas.
Proponho
uma reflexão acerca desse tema baseada na “Parábola do Bom Samaritano”, que
adaptei em parte, para melhor expressar a ideia.
Narra o evangelista Lucas que Jesus Cristo, certa vez, procurado por um
doutor da lei, este lhe perguntou: Mestre, que farei para herdar a vida
eterna?
Percebendo o objetivo da indagação, Jesus limitou-se a indagar: O
que está escrito na lei? Como lês?
A réplica do escriba não tardou: Amarás ao Senhor teu Deus de todo
o teu coração, e de toda a tua alma, e de todas as tuas forças, e de todo o teu
entendimento, e ao próximo como a ti mesmo.
Face ao acerto da resposta, o Senhor lhe disse: Respondeste bem;
faze isso e desfrutarás da vida eterna.
O inquiridor, entretanto, não ficou satisfeito e para justificar-se,
aventurou nova pergunta: Quem é o meu próximo?
A fim de elucidar melhor a questão, o Cristo propôs-lhe uma parábola,
dizendo:
Descia um homem de Jerusalém para Jericó, e caiu nas mãos de
salteadores, os quais, após despojá-lo de tudo, espancaram-no, deixando-o
moribundo à margem da estrada.
Coincidentemente, descia pelo mesmo caminho um sacerdote. Vendo-o,
passou de largo.
Logo a seguir, descia um levita, cujo procedimento não foi diferente
daquele do sacerdote.
Entretanto, dentro em pouco surgiu um samaritano tatuado e
usando piercings que vendo o homem naquele estado deplorável moveu-se
de íntima compaixão e, descendo de sua cavalgadura, levou-o a uma hospedaria,
onde continuou a cuidar dele.
Tendo que partir, no dia seguinte, deu dois dinheiros ao hospedeiro,
recomendando-lhe que continuasse a dar assistência ao doente, prontificando-se
a pagar, em sua volta, tudo aquilo que excedesse à importância deixada.
Após ensinar essa parábola, indagou Jesus: Qual destes três te parece
que foi o próximo do homem que havia sido vítima dos salteadores? E merecendo
do doutor da lei a seguinte resposta: O que usou de misericórdia para com
ele.
Diante desse discernimento aduziu o Senhor: Vai, e faze da mesma
maneira.
O
jovem tatuado e usuário de piercings é nosso próximo?
Não
é o uso de tatuagens e piercings que garante, ou não, as bênçãos espirituais.
O
que determina o equilíbrio do espírito é o amor que ele semeia aonde estiver.
Finalizando, podemos
citar Jesus novamente, quando o Mestre afirma: A cada um será dado
conforme as suas obras.
Paulo, o querido
apóstolo dos gentios, assevera: Tudo é lícito, mas nem tudo me convém.
Cabe ao jovem
refletir junto aos pais e às pessoas de sua estima, se as escolhas de hoje não
trarão complicações amanhã.
Se desejamos ser
respeitados como adultos, precisamos aprender a aceitar as consequências de
nossas escolhas.
Valeu!!!
Adeilson Salles
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