terça-feira, 26 de maio de 2015

ALÔ, GALERA, HONRAR PAI E MÃE!



Galera, se devemos ter carinho e respeito por nossos amigos e amigas, imagine que atitudes devemos ter com nossos pais?
            Eles pegam no pé e dizem uma palavra pequena que, normalmente, não gostamos de ouvir: “Não”.
            Em O Evangelho Segundo o Espiritismo, tem uma mensagem que eu considero muito massa, na qual se fala da “Piedade filial”, vamos refletir um pouco sobre isso.
            Mas, antes de seguir escrevendo, eu quero te pedir para pensar em seus pais nesse instante, e gostaria também que você pensasse neles feito aprendizes na escola da vida.
            Imagine a responsabilidade dessa galera!
            Ser pai e mãe não é tão fácil assim, é barra pesadíssima.
            Quantas vezes eles querem dizer sim, mas são obrigados a dizer não?
            A paternidade é uma missão, que dependendo dos filhos, torna-se árdua e complicada.
            Os pais recebem de Deus pequenas joias para cuidar e proteger, e além disso, eles se esforçam para que o brilho dessas preciosidades aumente ainda mais pelo amor ofertado.
            Não é menos verdade que alguns pais, quando percebem a verdadeira joia que vive em seu lar, por vezes, têm dificuldade em administrar a situação.
            Exigimos tudo dos pais, cuidados, investimentos, não me refiro aos investimentos financeiros, mas àqueles que se referem a tempo, dedicação, noites e dias.
            Os pais não tiram férias, não pedem a Deus para dar um tempo em suas missões paternais.
            Pais são como “guard rails” que nos protegem, e evitam que nos arrebentemos nas curvas da vida quando entramos em alta velocidade.
            Mas, e quando os filhos são pais dos pais?
            Ainda assim, a gente deve segurar a barra, pois o Espiritismo nos ensina que todos estamos vinculados uns aos outros.
            Os pais de hoje podem ter sido nossos filhos ontem, e podemos ter falhado em algum momento em nossa missão na condição de papais e mamães.
            Pais são estrelas no céu das nossas baladas, quando nos perdemos na noite das ilusões.
            A piedade filial revela-se na compreensão que devemos ter com a limitação desses seres especiais, que também estão aprendendo.
            Se liga! Nossos pais também são freios para os nossos motores que vivem ligados e acelerados, sempre querendo avançar o sinal antes da hora.
            Separei um trecho de O Evangelho Segundo o Espiritismo, que fala da “Piedade Filial” para nossa meditação:
O mandamento: ‘Honra a teu pai e a tua mãe’, é uma consequência da lei geral da caridade e do amor ao próximo, porque não se pode amar ao próximo sem amar aos pais; mas o imperativo honra implica um dever a mais para com eles: o da piedade filial. Deus quis demonstrar, assim, que ao amor é necessário juntar o respeito, a estima, a obediência e a condescendência, o que implica a obrigação de cumprir para com eles, de maneira mais rigorosa, tudo o que a caridade determina em relação ao próximo. Esse dever se estende naturalmente às pessoas que se encontram no lugar dos pais, e cujo mérito é tanto maior, quanto o devotamento é para elas menos obrigatório.
            Pessoal, precisamos nos ligar nessa verdade, não dá para sair pelo mundo afirmando que amamos esse ou aquele, quando não temos paciência com aqueles que abriram as portas desse mundo para a gente.
            Não dá para falar de amor com voz suave com os outros, quando gritamos com nossos pais.
            A primeira palavra que me vem à mente quando penso nesse tema é: gratidão!
            E alguém pode dizer: — Não conheço meu pai! – Ou ainda: – Ele me abandonou!
            Se isso aconteceu com você, olhe para seu pai, ou mãe, com olhos de perdão e compaixão.
            Livre-se desse fardo mal resolvido e siga em frente.
            Sabe por quê?
            Por que o tempo e as leis naturais se encarregarão de cobrar de cada um as obras construídas ao longo da vida.
            Venho tratando de temas atuais com relação ao sexo e à sexualidade, e, aproveitando esse texto em que comentamos sobre a paternidade, vale a pena pensar:
            Alguns pais têm imensa dificuldade em lidar com a orientação sexual de seus filhos, ainda assim, acredito que os filhos devam ter compreensão com seus pais.
            Não adianta querer empurrar goela abaixo das pessoas as nossas “supostas verdades”, o bom mesmo, quando nossas escolhas sofrem resistência, é esperar que o tempo cumpra seu papel.
            Quem é mais paciente larga em vantagem.
            Respeito aos pais, honrando-os e amparando-os, sempre!
Valeu!

Adeilson Salles
            adeilsonescritor@gmail.com

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